sexta-feira, 25 de abril de 2014

Proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica de trabalho, e dá outras providências.


Dispõe sobre o direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Art. 1o  Toda gestante assistida pelo Sistema Único de Saúde - SUS tem direito ao conhecimento e à vinculação prévia à:
I - maternidade na qual será realizado seu parto;
II - maternidade na qual ela será atendida nos casos de intercorrência pré-natal.
§ 1o  A vinculação da gestante à maternidade em que se realizará o parto e na qual será atendida nos casos de intercorrência é de responsabilidade do Sistema Único de Saúde e dar-se-á no ato de sua inscrição no programa de assistência pré-natal.
§ 2o  A maternidade à qual se vinculará a gestante deverá ser comprovadamente apta a prestar a assistência necessária conforme a situação de risco gestacional, inclusive em situação de puerpério.
Art. 2o  O Sistema Único de Saúde analisará os requerimentos de transferência da gestante em caso de comprovada falta de aptidão técnica e pessoal da maternidade e cuidará da transferência segura da gestante.
Art. 3o  A execução desta Lei correrá por conta de recursos do orçamento da Seguridade Social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes suplementares.
Art. 4o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília,  27  de dezembro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.

Elisabete Marchioretto (Ver Quem Somos)

quinta-feira, 24 de abril de 2014

A INFLAÇÃO NOSSA DE CADA DIA - II

  Como comentado no texto anterior, são diversas as metodologias utilizadas para se calcular os diferentes índices de inflação. Destes, os que mais povoam os noticiários e fazem parte das nossas vidas são o IPCA, utilizado como meta de inflação pelo Banco Central, e o IGP-M, que busca obter uma noção geral da variação de preços na economia e, por isso, é utilizado para reajuste de contratos, como de aluguel.

LYGIA FAGUNDES TELLES

Lygia Fagundes Telles, nascida Lygia de Azevedo Fagundes é uma escritora brasileira, galardoada com o Prêmio Camões em 2005.
Nascimento: 19 de Abril de 1923













AS RENDAS DE MINHA AVÓ

  Não tive muito contato com minha avó materna, que faleceu quando eu contava apenas cinco anos de idade. Mas através de minha mãe, eu e minhas irmãs e irmão, ouvíamos atentos as sagas familiares que ela ouvira desde criança.
  Minha avó aportou no Brasil, recém casada, vinda da Itália, aos dezoito anos. 
  Nunca mais retornou ao seu país de origem que ficou guardado na memória e nas lembranças de infância.
  Uma mulher muito bonita e determinada que enfrentou inúmeras dificuldades num país estranho, costumes e língua bem diferentes e a saudade que teve de amargar pelo resto da vida da sua terra natal.
  Os filhos foram chegando. Treze ao todo, mas vingaram dez.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A INFLAÇÃO NOSSA DE CADA DIA

Nos últimos dias, FGV e IBGE divulgaram, respectivamente, o IGP-DI e o IPCA. Alguns dias antes, foi a vez do IPC-S e do CPI da FIPE. Pouca gente sabe o que essa sopa de letrinhas significa, mas a verdade é que estas siglas e os números atrelados a elas têm uma importância considerável em nossas vidas.
O fator em comum entre todos estes índices é que são métricas de inflação. Cada um tem suas peculiaridades e importância (o IPCA é o de mais destaque por ser usado pelo Banco Central (BC) brasileiro como meta de inflação), mas todos de certa forma resumem o aumento em nosso custo de vida.

O BASQUETE SIGNIFICOU VIDA PARA MIM!

Iniciei este esporte aos 10 anos em Paraguaçu Paulista e logo fui arrebatada inteiramente pela alegria e os segredos deste jogo semelhante à vida. A quadra representa os caminhos que ora estão abertos oferecendo uma jornada prazerosa, ora fechados por uma marcação cerrada, que nos impede de prosseguir assemelhando-se as adversidades e contrariedades que não foram planejadas e muito menos esperadas, e que muitas vezes nos paralisam. Neste momento precisamos de uma visão estratégica para enxergar os atalhos que só podem ser vistos por olhos sensíveis e atentos... e rapidamente adentrar neles enchendo o tanque emocional com entusiasmo ,otimismo e fé ,trinquinha  energética e dinâmica, que nos  impulsiona a realizar o "impossível". A bola...ah! a bola...hum a bola...laranja, alegre, indomável... todos que estão no jogo a disputam acirradamente...ela se diverte...corre livre...leve...e solta! Marota, se oferece e some ...aparece e desaparece...ora é minha, ora é de outros. Parecem as oportunidades nesta vida... bailam a nossa frente...dançam ao som do momento...temos que percebê-las...com olhos e ouvidos abertos...quando passarem  na nossa frente...gritamos...é minha!.. e tomamos posse.

"MULHERES DO BRONZE"

 "Mulheres de Bronze"

O Basquete Feminino do Brasil, ilustre desconhecido, surpreendeu o mundo esportivo com uma conquista inédita! Medalha de Bronze no Mundial do Ibirapuera-São Paulo-Brasil-1971.
Nossa equipe ficou conhecida como as Mulheres de Bronze.
Neste mundial praticamente não joguei, fiquei torcendo do banco, um grande ensinamento para minha vida.
Passamos quatro longos meses concentradas e treinando muito. Eu tinha na época 21 anos, estava determinada a ganhar o posto de titular desta maravilhosa equipe.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

AQUARELISTAS DE SÃO PAULO - ARTE EM PAPEL

  Caraguatatuba recebe os artistas aquarelistas e construtores de arte em papel, diretamente da capital paulista.
   Um naipe de renomadose sensíveis artistas com 12 a 40 anos de carreira vêm abrilhantar nossas exposições no MACC.
  São eles : Diana Martire, Kamori, Guilherme de Faria, Kalanit , Norberto Stori, Ida Zami,Malu Montesinoe LuísCastañón.

O CARINHO PROFISSIONAL

 Em recente viagem à Las Vegas para a uma feira sobre pizzas, me surpreendi como o atendimento por lá é carinhoso. Em tempos onde a qualidade da mão de obra é questionada nos mais diversos setores da economia brasileira, me surpreendi com perguntas do tipo: “Como vai você?”,“Como está o seu dia?”,“Está sendo bom?”,“Precisa de alguma ajuda?”. Todas acompanhadaspor sorrisos largosem faces americanas oulatinas que lá encontrei.
  Extrapolando o ambiente local, lembrei de atendimentos recebidos emoutras viagens que já fiz! Quando saio de férias procuro culturas e conhecimentospor meio da comida e bebida locais.Já estive em boa parte da Espanha, França e Itália. Gostaria aqui de ressaltar que nesses países o máximo que ouvi no primeiro atendimento foi: “Buenos Dias”, “Bon Jour” e “Buon Giorno” seguido da questão “o que deseja?” e no final um “obrigado” – simples assim!  

O PEQUENO CADERNO DE RECEITAS DE “VOINHA”

Tia Ignês era simplesmente “voinha”, como chamamos as avós muito queridas no nordeste do Brasil. Era baixinha, tinha lindos olhos azuis e usava anáguas - me lembro bem delas pois conseguia enxergá-las, já que eu ainda era pequenina quando ela trazia o seu delicioso e delicado bolo de rolo de goiabada e os “fudges” (dadinhos de chocolate crocantes) nos fins de tarde. Era a alegria de qualquer criança da nossa família! Sem falar nos almoços e seus rocamboles de camarões feitos com massa de batata e arroz, e a famosa mousse de chocolate que levava na receita uma colher de sopa de whisky 12 anos, ambos leves e macios, deliciosos!

A MULHER E SEUS PAPÉIS SOCIAIS: UMA REFLEXÃO SOBRE A DINÂMICA SAÚDE-DOENÇA


A mulher e a saúde. Uma relação que exige no mínimo um olhar cuidadoso já que vivemos acumulando funções. Somos mães, trabalhadoras, chefes, organizadoras do lar, esposas, prefeitas, estudantes, pesquisadoras, cozinheiras de filhos, de netos, cuidadoras. Somos mulheres.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O OLHAR PARA A PROMOÇÃO DE SAÚDE - UMA FERRAMENTA DIÁRIA DE COMBATE AO ADOECIMENTO

    Hoje não é um desses dias nacionais de combate. Mas vamos falar sobre o assunto. Às vezes me questiono sobre a existência dessas datas e o quanto nos prendemos a esses momentos para que haja alguma mobilização, ou melhor, reflexão sobre a doença e a necessidade de cuidado. Acabamos, muitas vezes de modo inconsciente, nos esquecendo durante os outros 364 dias do ano sobre a importância da prevenção, da possibilidade do adoecimento, e mais, da promoção de nossa saúde.
      Não querendo criticar este ritual de datas, longe de mim. Acredito na sua importância. Mas gostaria de chamar  a atenção para o cuidado diário que não podemos nos esquecer de ter com nosso corpo. O adoecer é ainda para muitos um tabu, algo significado como sofrido demais, "carma", castigo. Tal pensamento, excessivamente pesado, nos afasta da reflexão sobre a doença de modo equilibrado, algo a ser encarado como possibilidade real e a ser integrado as nossas vidas. Em consequência, já que nos esquecemos dessa necessidade, corremos o risco de distanciarmo-nos de um bom plano de cuidado com nós mesmas, deixando-nos reféns de consultas médicas e percepção do adoecimento quando o acometimento está em grau avançado.

PAPO TERAPÊUTICO - VALORIZANDO A RELAÇÃO DE AJUDA NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE

     Escrevo para falar sobre terapia. Ouço com frequência falácias, pensamentos distorcidos sobre esse assunto. Adoraria que muitas mulheres tivessem a oportunidade de refletir sobre as palavras que aqui tenho a chance de expor.
     Porém, antes de continuar, gostaria de destacar duas citações de autores que admiro: 1. “Mas chegará o instante em que me darás a mão, não mais por solidão, mas como eu agora: por amor” (C. Lispector). 2. "Em última análise, precisamos amar para não adoecer" (Freud).
    Portanto, quando falamos de terapia, estamos também falando sobre o sentimento de amor. Sim, isso mesmo. Terapeuta significa "aquele que cuida". É preciso expandir o universo da palavra "terapia". Logo a sua pode ser qualquer relação de ajuda na qual se mantém o coração aberto, permitindo-lhe ser autêntico com suas dores e alegrias. Não necessariamente uma consulta a um médico ou a um psicoterapeuta.  

PETROBRÁS: COMO DESTRUIR UMA GRANDE EMPRESA EM 10 PASSOS

  Petrobrás, a menina dos olhos da economia do Brasil. Empresa que é referência mundial. A queridinha da Bolsa de Valores. Suas ações sempre constituíram o maior peso em índices como o IBOVESPA, dada a sua grande importância no mercado de ações, todo bom investidor tem ações da Petrobrás na composição de sua carteira.
  As maiores potências do mundo dariam tudo para ter os recursos de petróleo, que a Petrobrás administra em nosso país. No entanto, nosso governo conseguiu a façanha de destruir nossa maior fortuna. Uma ação da Petrobrás em 03/01/2011 valia R$ 24,43, três anos depois, em 27/03/2014, passou a valer R$ 15,57. Em 2010 a Petrobrás ocupava o 12ª lugar no ranking das maiores empresas do mundo. Hoje, em 2014 essa posição caiu para 120ª lugar.

POESIA - MULHER ÁGUA

DOWNGRADE SOFRIDO PELO RATING DO BRASIL

   Muito se comentou na última segunda-feira, dia 24, sobre o downgrade sofrido pelo rating do Brasil pela agência Standard & Poors (S&P). O rating é uma avaliação comparativa de capacidade de pagamento de um emissor. Ou seja, ter seu rating reduzido, como foi o caso do Brasil, indica que o país tem hoje menos condições de honrar com suas obrigações que países como Colômbia, México, Peru, ou até mesmo Cazaquistão.
      E qual é a importância de um evento como este? Por mais que os mercados (e, por este termo, quero dizer ações, taxa de câmbio e commodities) não tenham reagido ao downgrade já que a pior avaliação de crédito do Brasil já estava “no preço”, como diz o jargão do mercado – que significa dizer que o mercado já aguardava que isto fosse acontecer em algum momento, o rating ainda é um indicador bastante observado pelos investidores internacionais, que em geral não têm acesso ou tempo para analisar um país no detalhe na hora de decidir onde investir. Se os estrangeiros têm uma visão menos favorável do Brasil, podem decidir não alocar aqui seus recursos. Se não temos dinheiro dos gringos, fica mais caro financiar o investimento doméstico. Se não há investimento doméstico, então o crescimento é moroso. E por aí vai, em um ciclo altamente vicioso.

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE PARA A APRENDIZAGEM DA ESCRITA

  De acordo com Negrine (1980), uma das aprendizagens escolares básicas devem ser os exercícios psicomotores e sua evolução é determinante para a aprendizagem da escrita e da leitura. Outros estudos reafirmam a importância do desenvolvimento psicomotor para as aprendizagens escolares e destacam a necessidade de desde o ensino pré-escolar serem oferecidas atividades motoras direcionadas ao fortalecimento e consolidação das funções psicomotoras, fundamentais para o êxito nas atividades da leitura e escrita como apontados por Furtado (1998), Nina (1999), Cunha (1990), Oliveira (1992) e Petry (1988).
   Dentre os estudos citados o de Petry (1988) reafirma a importância do desenvolvimento dos conceitos psicomotores, ressaltando que as dificuldades de aprendizagem em crianças de inteligência média podem se manifestar quanto à caracterização de letras simétricas pela inversão do “sentido direito-esquerdo”, como, por exemplo, b, p, q ou por inversão do “sentido em cima em baixo”, d, p, n, u, ou, ainda, por inversão das letras oar, ora, aro. Esse conjunto de estudos mostra a importância de se estimular o desenvolvimento psicomotor das crianças, pelo fato deste ser fundamental para a facilitação das aprendizagens escolares, pois é por meio da consciência dos movimentos corporais, e da expressão de suas emoções que a criança poderá desenvolver os aspectos motor, intelectual e sócioemocional.


quarta-feira, 9 de abril de 2014

A MISSÃO DAS PESSOAS EM SUA VIDA

     Pessoas entram nas nossas vidas por uma “RAZÃO”, uma “ESTAÇÃO” ou uma “VIDA INTEIRA”.
     Quando percebermos qual delas é vamos saber o que fazer por cada pessoa.
     Quando alguém está em nossa vida por uma “RAZÃO” é, geralmente, para suprir uma necessidade que demonstramos. Eles vêm para auxiliar-nos numa dificuldade, fornecer orientação e apoio, ajudar-nos física, emocional ou espiritualmente.
     Eles poderão parecer uma dádiva de Deus, e eles são!!!
     Eles estão ao nosso lado pela razão que precisamos que eles estejam aqui.
     Então, nenhuma atitude errada de nossa parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Às vezes essas pessoas morrem. Às vezes elas, simplesmente, se vão. Às vezes, elas agem e nos forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho dessas pessoas foi feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.
     Quando pessoas entram nas nossas vidas por uma “ESTAÇÃO” é porque chegou a nossa vez de dividir, crescer e aprender. Elas nos trazem a experiência da paz, ou nos fazem rir ou nos fazem chorar. Elas poderão ensinar algo que nunca fizemos. Elas, geralmente, nos dão uma quantidade enorme de prazer ou desespero.
     Acreditemos! É real!
     Mas, somente por uma “ESTAÇÃO”.
     Relacionamentos de uma “VIDA INTEIRA” nos ensinam lições para a vida inteira: coisas que devemos construir para ter uma formação emocional sólida. Nossa tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa e colocar o que aprendemos em todos os outros relacionamentos e áreas da nossas vida, em uso. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente.

     Obrigada por ter feito parte da minha vida. Pare aqui e simplesmente SORRIA!!!

     Esta última parte á para que você mostre às pessoas que você as ama e para que possa ver quantas pessoas amam você!!! Não se sinta embaraçado ao demonstrar amor. Porque só você terá os resultados. Trabalhe como se você não precisasse de dinheiro; ame como se você nunca tivesse sido magoado e dance como se ninguém estivesse te observando.

     O maior risco da vida é não fazer NADA.
     Autor(a) desconhecido(a)

É HORA DE ECONOMIZAR

  O culto ao desperdício fomentado pelos atuais padrões de consumo compromete nossos recursos naturais, tornando o lixo um dos maiores problemas da humanidade, neste século.
    
   O poder público deve disciplinar e dar o exemplo, com políticas de combate ao desperdício, concessão de benefícios fiscais e linhas de financiamento para fomentar ações e empresas que atuam nesse segmento. Ao empresariado, cabe produzir mais com menos. Cabe à população aprofundar seus conhecimentos sobre o tema e inserir o consumo sustentável em suas práticas cotidianas.
  Resíduos representam uma enorme perda de recursos, sob a forma de materiais e de energia. Se valorizarmos adequadamente os materiais, aumentaremos o seu tempo de vida no circuito de consumo.
   Sendo assim, é atitude de cidadania praticar a política dos 3R’s, ou seja, reduzir, reutilizar e reciclar. Prioritariamente é necessário reduzir a produção de resíduos, em segundo lugar, reutilizar, isto é, fazer com que um produto seja usado mais do que uma vez, para o mesmo fim ou para o outro. Também devemos contribuir para a reciclagem dos resíduos, ou seja, recuperar e regenerar diferentes materiais de modo a originar novos produtos.
   O olhar mais atento de cada um de nós pode fazer grande diferença no dia-a-dia e questões do cotidiano, partindo da realidade local do indivíduo, podem modificar as relações homem/natureza, melhorando a qualidade de vida da coletividade. 

Nancy Ferruzzi Thame

Formada em Agronomia pela Escola de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ-USP e em DIREITO, pela Instituição Toledo de Ensino. Pós graduada em Gestão Ambiental (USP), em Técnicas de Treinamento em Engenharia Agrícola (Sociedade Agrícola Alemã) e cursa Ciência Política (FESPSP). Empresária, professora universitária, atua na área política na questão de gênero e com adolescentes

O FUTURO QUE QUEREMOS

É cada vez maior a preocupação da população mundial com o meio ambiente, em virtude dos efeitos visíveis de desequilíbrios provocados pelo homem na natureza.
A Rio+20, Conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável ocorrida em 2012, no Rio de Janeiro, celebrou os 20 anos da Cúpula da Terra (Eco-92) e os 40 anos da Conferência de Estocolmo, esta última foi a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nela foi produzido um documento final com 19 princípios que estabeleciam as bases para uma nova agenda ambiental.
Na Rio+20 novos desafios foram estabelecidos: erradicação da pobreza, promoção da governança mundial e estabelecimento dos caminhos para a chamada “economia verde”. No preâmbulo, bastante difundido mundialmente, o documento trouxe o nome: O Futuro que Queremos.
Recentemente a ONU divulgou sugestões de dez metas que todos os países deveriam alcançar para garantir o desenvolvimento sustentável:
1. Erradicar a pobreza extrema e a fome;
2. Alcançar o desenvolvimento global dentro dos limites planetários;
3. Garantir aprendizado efetivo a crianças e jovens;
4. Alcançar a igualdade de gêneros, inclusão social e direitos humanos;
5. Alcançar saúde, bem-estar para todas as idades;
6. Melhorar os sistemas agrícolas e aumentar a prosperidade rural;
7. Tornar as cidades mais inclusivas, produtivas e resilientes;
8. Controlar as mudanças climáticas e garantir energia limpa para todos;
9. Proteger os serviços ambientais, a biodiversidade e a boa gestão dos recursos naturais;
10. Ter uma governança voltada para o desenvolvimento sustentável.

Elaborada por um grupo internacional de especialistas de diversas áreas, a proposta, ainda superficial, faz parte dos chamados Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que poderão entrar em vigor a partir de 2015, substituindo os atuais objetivos do milênio.

BRASIL: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E AQUECIMENTO GLOBAL

As emissões de carbono do Brasil são ao redor de 2,5% das mundiais: quase 25% são procedentes da indústria e da agricultura modernas e 75% da agricultura tradicional, da conversão de uso na fronteira agrícola e das atividades madeireiras ineficientes e/ou predatórias.
No protocolo de Kyoto, as metas de redução de gases não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases, o protocolo prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países que compõe a União Européia em 8%, já os Estados Unidos em 7% e Japão em 6%. Países em franco desenvolvimento como Brasil, México, Argentina, Índia e, principalmente, China, não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.
Segundo a proposta defendida pelo Brasil, na COP-19, em Varsóvia, as metas de redução das emissões de cada país seriam definidas levando em conta não apenas as emissões atuais de gás carbônico, mas também quanto o país emitiu desde o período pré-industrial.
Por essa conta, países desenvolvidos que vêm poluindo há mais tempo teriam que assumir metas maiores do que nações em desenvolvimento, como Brasil e China (maior
emissor do mundo atualmente), cujas emissões são mais recentes.
“Os dados do PBMC (Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas) trazem alertas e indicam caminhos para que o Brasil dê sua contribuição na luta contra as mudanças climáticas. Escolher fontes de energia renováveis, continuar reduzindo o desmatamento até zerá-lo e aperfeiçoar sua infra-estrutura de transporte são alguns passos fundamentais nesse sentido aponta Renata Camargo, coordenadora políticas públicas do Greenpeace”. (CAMARA, 2013).


Nancy Ferruzzi Thame

Formada em Agronomia pela Escola de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ-USP e em DIREITO, pela Instituição Toledo de Ensino. Pós graduada em Gestão Ambiental (USP), em Técnicas de Treinamento em Engenharia Agrícola (Sociedade Agrícola Alemã) e cursa Ciência Política (FESPSP). Empresária, professora universitária, atua na área política na questão de gênero e com adolescentes
UNICAMP PROMOVERÁ IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

   O Laboratório de Psicologia Genética da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas – LPG/FE-Unicamp promoverá, entre os dias 14 e 16 de abril, o IV Seminário de Educação Matemática – Aprender Matemática e Conquistar Autonomia. O evento é voltado a pesquisadores e professores da Educação Superior e da Educação Básica, profissionais da área de matemática, pedagogia, psicologia, estudantes e demais interessados.
     O seminário contará com a participação de Constance Kamii, doutora em Educação e Psicologia pela Universidade de Michigan e, atualmente, professora da Universidade do Alabama. Autora de A Criança e o Número, Kamii foi aluna e colaboradora do epistemólogo suíço Jean Piaget, considerado um dos principais pensadores do século XX.
     O IV Seminário de Educação Matemática visa possibilitar, entre os participantes, reflexões e discussões a partir dos temas que serão trabalhados nas oficinas e minicursos do evento, compreendidos nos seguintes eixos-temáticos: fundamentos teóricos que embasam a construção do conhecimento lógico-matemático; ensino de matemática: concepções e práticas educacionais; representação, resolução e formulação de problemas; jogos e recursos didáticos para o ensino de matemática; Aritmética e Geometria: processos de construção em contexto escolar.

IV Seminário de Educação Matemática – Aprender Matemática e Conquistar Autonomia

Quando: Dias 14, 15 e 16 de abril.
Onde: Centro de Convenções e Faculdade de Educação da UNICAMP – Campinas/SP
Horário: A partir das 9h30
As inscrições podem ser feitas pelo site:
http://www.proepreemacao.com.br/?p=795

Com informações da Unicamp.

Profª Dra. Regiane Souza Neves
Sócia e Diretora do CEADEH Centro de Estudos Avançados em Desenvolvimento Educacional e Humano (www.ceadeh.com.br). Presidente e Coordenadora de Ensino Superior: Graduação, Pós-graduação e Extensão da ABRAPEE Associação Brasileira de Profissionais e Especialistas em Educação (www.abrapee.com.br). Editora responsável da Revista On-Line Circuito Educacional (www.circuitoeducacional.com).

AS MULHERES E O MUNDO PÚBLICO


   Se partirmos do pressuposto de que as grandes transformações ocorrem no espaço público; e se estivermos dispostas a mudar o mundo que se anuncia sombrio e triste, não há outro jeito: precisamos caminhar na direção do espaço público. A despeito do valor e da importância do espaço privado, onde se origina o ser e onde a mulher reinou soberana até praticamente os tempos atuais, a ordem agora é dar o pulo.
     O espaço público, apesar dos esforços e das conquistas das mulheres, ainda é um lugar predominantemente ocupado por homens e, portanto, regido por valores masculinos, dentre eles a ousadia, a competição, a racionalidade, a rivalidade, o poder. O homem construiu este mundo movido por tais atributos e continua fascinado pelo poder, poder que, sem medida, tornou-se perigoso e maléfico à toda a humanidade.
      Esse mundo que estava por ser, já foi; e a prosseguir assim, sem limites, logo terá sido. E é por essas e outras razões, que precisamos dar o pulo firme, sair do espaço privado e marcar presença no espaço público, lá, onde as coisas acontecem. Sem perder a ternura – porque ternura, cooperação, determinação, intuição, sensibilidade fazem parte da alma feminina –, temos que avançar e avançar é ocupar espaços na vida pública. E ocupar espaços na vida pública é exercer a militância política, é servir no legislativo, no executivo, no judiciário, no partido, no sindicato, no mundo onde as decisões que são tomadas devem mudar, para melhor, a vida das pessoas e o curso da humanidade.

Mulheres, o mundo público precisa de nós!

Tieza Lemos Marques
Assistente social aposentada, jornalista, radialista, vereadora pelo PSDB
em Araçatuba – SP; integrante do movimento de mulheres do PSDB

AS CIDADES E A SUA DINÂMICA


     Em tempos eleitorais locais, é comum o encontro de um grande número de propostas para as cidades com eminente caráter de “salvação” e de “redenção” dos amplos aspectos negativos do processo dominante no planeta de crescente urbanização. Afinal, a cidade é um bem ou um mal para a raça humana? E para o planeta? Isto se falarmos em termos puramente filosóficos. No caso concreto das experiências e propostas urbanas apresentadas por políticos, especialistas fora de linhas ideológicas e palpiteiros de uma maneira geral, as coisas tendem para um verdadeiro “samba do crioulo doido” são divulgadas propostas que vão desde a aproximação – imediata – dos empregos aos locais de trabalho, quanto da cobrança do pedágio urbano sem a devida preparação da rede público a de transporte que já se encontra saturada.
    O necessário debate urbano que – necessariamente – deve ser acompanhado dos modelos adequados de gestão, dos recursos necessários à sua realização tanto de caráter financeiros quanto orçamentário é importante para a definição e  caráter político das intervenções.Da mesma maneira, a mescla de usos e concentração de população de certo tipo, categoria e poder econômico, não pode ser realizado sem que se tenha preparado a sociedade para a aceitação destas mudanças.
   Como elemento identificador e qualificador de propostas urbanas está a questão econômica associada às formas de uso e ocupação do solo. Já na década de 70 do século passado, se discutia a apropriação da cidade pelo capitalismo, que transformava os valores relativos ao uso da cidade (culturais e sociais) em valores de troca e em mercadoria (Lefevre, Harvey). Autores publicaram verdadeiros libelos sobre o modo capitalista de organização dos espaços. Sob a ótica das mulheres, nunca o ambiente urbano foi mais agressivo - assaltos, estupros entre outras violências. A saída? Alem das necessárias mudanças culturais, iluminação pública, identificação (por meio da geolocalização das ocorrências policiais) das áreas que apresentam mais perigo. O futuro das cidades está em jogo. Quando vamos participar deste debate?

Helena Werneck

Arquiteta e Urbanista com especialização em Planejamento de Áreas Metropolitanas pela Universidade de Roma - La Sapienza. Professora Universitária e autora do blog gotaspaulistas.wordpress.com. Faz parte da Coordenação Nacional de Mulheres do PPS e do Conselho curador da Fundação Astrojildo Pereira. Foi eleita conselheira do Conselho Participativo da Prefeitura de São Paulo.

DONA DE CASA PODE RECOLHER INSS PARA TER DIREITO A BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS




Lei 12.470/2011  possibilitou à dona de casa, de baixa renda, contribuir com a Previdência Social e garantir os principais benefícios previdenciários como aposentadoria por idade, por invalidez, auxílio-doença, pensão por morte, salário maternidade e auxílio-reclusão, exceto a aposentadoria por tempo de contribuição.
A aposentadoria por idade (um dos benefícios a que terá direito) se dá aos 60 anos (se mulher) com no mínimo 15 anos de contribuição.
Não só a dona de casa pode filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social como segurado facultativo, mas qualquer pessoa maior de dezesseis anos de idade que não exerça atividade remunerada tais como o estudante, o síndico de condomínio não remunerado, o desempregado (até que encontre outro emprego), o bolsista ou estagiário, o presidiário que não exerce atividade remunerada, dentre outros.
Informe-se em sua prefeitura e faça o cadastro.

SER MÃE, MILITANTE, LÍDER COMUNITÁRIA, TER QUE TRABALHAR PARA SOBREVIVER E NEGRA


Como dar conta de tudo isso em um País que "finge" operar na igualdade? Levantando a cabeça e mostrando a todos que ser uma boa mãe é uma obrigação; ser militante, se fazendo ouvir; brigar pelo povo independente de raça, credo e classe social; conquistar seu espaço dentro do mercado de trabalho provando que não existe cor para a competência com trabalho sério; e gritar a todos "Sou negra, CONSEGUI!!!!!"

Roseli Geraldo
Roseli Geraldo, 45 anos, 4 filhos, solteira, Líder Comunitária em defesa de uma melhor qualidade de vida para as comunidades carentes, Secretária Parlamentar em defesa ao acesso das pessoas aos órgãos governamentais, Militante Tucana em defesa do espaço das mulheres dentro do partido e participante do Tucanafro.

NÃO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES


A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) foi batizada assim em homenagem à farmacêutica bioquímica Maria da Penha, que ficou internada por quatro meses devido a um tiro disparado pelo ex-marido, que a deixou paraplégica. O caso ganhou repercussão e, apesar da morosidade da Justiça, resultou na criação da lei, principal ferramenta jurídica de defesa das mulheres vítimas de violência.
Segundo dados do último Mapa da Violência realizado pelo Instituto Sangari, os homicídios de mulheres no Brasil apontam que é principalmente no ambiente doméstico que ocorrem as situações de violência contra a mulher. A taxa de ocorrência no ambiente doméstico é 71,8%, enquanto em vias públicas é de 15,6%.
A violência física contra a mulher é predominante (44,2%), seguida da psicológica (20,8%) e da sexual (12,2%). No caso das vítimas que têm entre 20 e 50 anos de idade, o parceiro é o principal agente da violência física. Já nos casos em que as vítimas têm até 09 anos de idade e a partir dos 60 anos, os pais e filhos são, respectivamente, os principais agressores, de acordo com dados do mapa da violência.
Como amparo e orientação a essas mulheres vítimas de violência, o governo federal possui uma central de atendimento gratuita - “Ligue 180”, que funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo,

MULHERES, APODEREM-SE DOS SEUS DIREITOS e libertem-se do domínio físico e emocional.

Daniela Altino Lima Morato
Advogada Pós Graduada em Direito Previdenciário. Presidente do Conselho Municipal da Mulher de Piracicaba – CMM. Diretora Secretária da Associação dos Advogados Criminalistas de Piracicaba e Região - AACRIPIR

DIREITOS RECONHECIDOS

Se você quer ter direitos reconhecidos, junte-se a nós e lute por eles. Olhe à sua volta e veja que sempre há o que postular em prol do bem comum. Seja voz, seja presença e não tenha medo de ser a "árvore que dá frutos", pois as pedras que, por acaso, possam te atingir, não doerão tanto quanto a omissão.

Tatá Moreira
Brasileira, divorciada, bacharel em Direito. Advogou de 1977 a 2010. Ex Presidente da Associação dos Advogados de Piracicaba - 1995/2010. Foi membro do Conselho Coordenador das Entidades Civis de Piracicaba, Condema, Comissão da Criança e Adolescente (OAB/Piracicaba), presidiu a Comissão de Eventos (OAB/Piracicaba), gestão Dr. Carlos Avancini.

A CEREJA DO BOLO...

     Podemos aproveitar este espaço para tratarmos de  assuntos pertinentes às  mulheres, dentre eles  seu empoderamento político. As mulheres estão cansadas de serem coadjuvantes em campanhas políticas masculinas,  nas quais são usadas como assessoras, secretarias e “enfeites” em mesas de discussão. Os partidos políticos assumiram a cota das mulheres,  mas são extremamente econômicos em dar recursos materiais, e tempo de televisão para suas candidatas, dificultando que as candidaturas femininas prosperem.     
     Com novo processo eleitoral à vista, sonho ver mulheres,  donas de seu destino, galgando postos de comando e decisão e também fazendo parte não só da operação das campanhas políticas, mas também decidindo os rumos do novo governo e sinalizando as políticas publicas que interessam ao seu segmento.     
      Somos 52% do eleitorado nacional, não somos a cereja do bolo, somos mais  da metade dele e merecemos além de respeito o direito de participar dos rumos da história deste país que deve ser construído por homens e mulheres. 

Margarete Barreto
Professora da Escola Superior de Advocacia da OAB-SP. Formada em Direito, com especialização em Direitos Difusos  e Coletivos pela Escola Paulista do Ministério Público de São Paulo. É delegada desde 1993, sempre praticando uma conduta ética por uma polícia mais humana, próxima da sociedade e, especialmente, respeitando as minorias.

REDE PÚBLICA DE SAÚDE REALIZA VACINAÇÃO CONTRA VÍRUS HPV

A partir da próxima segunda-feira (10), todas as garotas brasileiras de 11 a 13 anos terão direito a se vacinar contra o vírus do HPV (papilomavírus humano) na rede pública de saúde. No ano que vem, a faixa etária da campanha será ampliada para a partir dos nove anos.
Por se tratar de uma doença sexualmente transmissível, HPV pode causar câncer de garganta. VERDADE: o papilomavírus pode ser transmitido através do sexo oral e pode levar ao desenvolvimento do câncer de garganta. Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, e divulgada este ano, apontou que o vírus HPV atualmente é a principal causa do câncer de garganta. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), há um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer) do HPV que pode causar lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. Mas já existe vacina contra alguns tipos de HPV, que passará a ser oferecida gratuitamente pelo SUS no ano que vem.


Elisabete MarchiorettoAssessora Parlamentar

COMPORTAMENTO

Tratar a temática comportamento da mulher em uma atualidade onde a mesma garante seu espaço, diariamente, é algo bem motivador. É notório que a mulher assumiu definitivamente os mais variados espaços, até aqueles que em algum momento da história a repelia. Isso alterou seu papel social e, principalmente, a forma como ela enxerga o mundo. A discussão de hoje se pautará no gradativo interesse das mulheres que trabalham fora de casa e possuem carreira.      

É importante lembrar, quando falamos sobre a carreira da mulher, todo o contexto histórico que envolve esta discussão. Isso nos permite dizer que a mulher não se vê somente no papel de "cuidadora" do lar, mas também como aquela que tem desejos pessoais entre vários outros, que também vão além da maternidade. O desejo pela carreira profissional se legitima cada vez mais, quando observamos a grande presença de mulheres nas mais variadas áreas de trabalho, ou seja, a saída da mulher já é algo naturalizado em nossa sociedade. Vários motivos justificam o crescimento desse interesse, sendo um deles a busca pela autoestima e autonomia.


Observa-se um perfil de mulher disposta a priorizar a carreira, o que é muito saudável e deve ser entendido como um avanço feminino. Vivemos em uma sociedade que reproduz conceitos e também "pré conceitos". A história mostra que para chegarmos a essa discussão de hoje, muitos embates foram necessários. Louros são colhidos, mas ainda há muitos desafios no tocante a carreira da mulher. Sobre o comportamento de mulheres mais jovens e solteiras, estudos revelam que estas estão priorizando a carreira. Assim, aspectos relacionados a maternidade e casamento cada vez mais tardios, já estão se tornando muito corriqueiros. Tal cenário está impactando diretamente nas estruturas sociais, econômicas e familiares. Sociais, visto o novo papel assumido pela mulher - sai da esfera doméstica para a esfera profissional. Econômico, pois a mulher também passa a assumir as responsabilidades financeiras, e por fim sobre a estrutura familiar, dado ao fato que ao priorizar carreira, as demandas familiares, que envolvam filhos ou não, passam a ser divididas entre homem e mulher.

Heliani Berlato
Doutora em Administração e professora na Universidade de São Paulo.

CURIOSIDADES DA ARTE: A LACA

Você sabia?

Você sabia que surgiu na China, por volta do século VI a.C., a requintada arte da laca. A laca é uma resina obtida através da incisão na casca de árvores originárias do Extremo Oriente. Com um pincel delicado, sobrepõem-se à madeira, ou até mesmo ao papel, várias camadas finas de laca, podendo chegar até uma centena de vezes, dependendo da qualidade do objeto que se queira produzir.

Apesar da sua origem na China, foi no Japão que a laca se aprimorou na arte denominada Maki-e, “pintura polvilhada”, é um tipo de pintura que polvilha ou espalha pó, principalmente de ouro e de prata, sobre laca, utilizando um pincel especial, kebo, ou um pequeno tubo, makizutsu. A técnica surgiu no Japão no Período Nara (710-794).
A laca era aplicada em objetos usados no dia-a-dia, em bowl para arroz copinhos para chás e outras peças utilizadas em requintadas Cerimônias do Chá. Graças a sua capacidade de se submeter ao calor, e não alterar sua qualidade, podemos até dizer que a laca inventada no século VI a.C, equivale ao nosso plástico atual, no que diz a durabilidade e resistência.

As lacas importadas do Extremo Oriente apareceram na França no século XVII, e aplicada no embelezamento de móveis. A laca é também bastante utilizada no acabamento final de instrumentos musicais de madeira devido às suas características acústicas superiores em relação a equivalentes sintéticos. 


Lindíssima caixa japonesa no estilo Maki-e, laca com incrustações de ouro, prata e pedras preciosas.

Caixa japonesa feita em laca com detalhes em prata e madre-pérola.
No detalhe desenho de folhas de caqui.

Caixa chinesa em laca com ouro
Biombo chines feito em laca tipo exportação “rouge de fer”.

Caixa de jóias chinesa feita em laca “entalhada”.

  Extração da laca


Detalhes de uma caixa japonesa feita em maki-e.
Desenho de folhas no inverno.

Caixa japonesa conhecida como “writing box”, caixa porta pincel e tinta, feita em laca.

Enfeite de cabelo, feito em laca.

Baú japonês em laca.



Karina Kramer
           41 anos, formada em Economia pela FAAP. Estudei História da Arte no MASP (Museu de Arte de São Paulo). Durante 15 anos foi assistente de um colecionador de Artes.

DIVINAS

Como escrever sobre a mulher, sendo mulher? Somos tão complexas e simples... Avassaladoras e calmaria... É lógico!!! Depende totalmente do dia. Quando acuadas, o riso e as lágrimas se misturam na face, e isso aborrece o sexo oposto. Somos temperamentais por natureza e, geralmente, traídas pela sensibilidade excessiva. Guerreiras! Brigamos por nossos sonhos. Seguimos o ciclo da lua, apesar da imposição solar do mundo masculino. 
Apaixonadas! Desejamos o beijo raro, o beijo que diga tudo... Que acalme os instintos, ânsias, sofrimentos, insensatez. Um beijo quente, sensual, com gosto de juventude infinita, mas adocicado e rude, maduro. Na medida exata pra se eternizar. Somos mulheres felinas... Em determinado tempo, embarcamos na aventura maternal despertando o sexto sentido. Naturalmente nos tornamos mais lindas, misteriosas, iluminadas e sabias. Doamo-nos por completo, e amamos sem medos, sem limites... Mulheres! Matrizes divinas da criação humana.

Marilene Teubner
Poeta e Ativista Cultural Membro da Casa do Poeta e do Escritor de Jales

O MUNDO NAS MÃOS DAS MULHERES

Profissões exclusivamente masculinas estão abrindo espaço para o sexo frágil (frágil?). 
Mulheres dirigem ônibus, caminhões, tratores e aviões. Está comprovado estatisticamente que são mais cuidadosas e se envolvem menos em acidentes, pois não costumam dirigir embriagadas e sabem que transportam “cargas preciosas” como bebês e crianças maiores nos seus carros.
Estão cada vez mais envolvidas na política. São advogadas, juízas, médicas, e mesmo trabalhando em dois turnos, em casa e no trabalho, não deixam nada a desejar, ao contrario, se mostram mais sensíveis, mais compreensivas, menos egoístas e mais éticas. O instinto materno nelas é muito forte e costuma aflorar nos julgamentos. Não perdem jamais a capacidade de se indignar.
Mulheres conseguem cuidar da casa, do marido, das crianças, das plantas, do gato, do cachorro,  sem deixar de cultivar as amizades, trabalhar fora e ainda reservar um lugar na agenda lotada para cuidar do visual e ficarem lindas, sem perder o glamour. Isso não é fantástico?
Nas prisões, o número de mulheres é sempre bem abaixo do contingente masculino.
Crimes passionais, pedofilia, estupro e maus tratos a crianças e animais, sempre são liderados por indivíduos do sexo masculino.
Que estes dados não acirrem uma “guerra” entre os sexos, apenas servem para demonstrar que a mulher pode exercer qualquer cargo com inteligência e capacidade.
Geralmente as mulheres são mais generosas, mais misericordiosas e detestam injustiças. Acostumadas a botar ordem na casa, transportam esse dom ao trabalho. Também habituadas a administrar o orçamento doméstico, fazendo o salário render até o último centavo, saem-se muito bem nesse quesito quando têm que reger uma cidade ou um país.
Mas acredito mesmo, que o mundo tenha que ser governado em dupla, mulheres e homens de mãos dadas, caminhando lado a lado, se respeitando. Que não haja egoísmo e ambos pensem no coletivo e não em ganhos e vaidades pessoais.
Os esquecidos valores morais e espirituais têm que ser resgatados e enraizados nas crianças desde tenra idade. Só esse resgate trará de volta a honestidade e a vergonha na cara que muitos  perderam, independente de serem homens ou mulheres.
E viva o salto alto, a meia-calça, o rímel e o batom!

Ivana Negri

Ivana Maria França de Negri é escritora e membro da Academia Piracicabana de Letras, Grupo Oficina Literária de Piracicaba e Centro Literário de Piracicaba.

ILUSÃO PUERIL

Quando criança os livros pululavam
E suas letras premiam minha presença
Aquietada no sofá da sala
Eu me escondia de mim mesma
Atrás dos autores e suas falas
Que me iludiam em suas fitas
Da então definida literatura.

“Os personagens são fictícios,
Qualquer semelhança é mera coincidência
E eu acreditava piamente que o que descreviam
Não sentiam
Não viviam
Eram apenas relatos
De fatos de ouvir contar
Ou imaginar.

Assim seguia crédula e admirada
Da fértil imaginação alheia
Alienada não me apercebia
de que aquilo tudo era vida

passada para o papel...

Carmem Pilotto

CENAS DO COTIDIANO I

A Caminho da creche

Aconchegado ao peito, caminha com seu filho pelas ruas tortuosas da cidade. O cabelo, à escovinha, deixa descoberta a nuca do menino que parece se ressentir da suave brisa de outono. Aperta-o mais contra si como se quisesse energizá-lo para a solitária rotina diária.

O garoto, a sono solto, olhos cerrados, permanece tranqüilo, alheio ao burburinho, segue adormecido no leito mais protegido do mundo.

Carmem Pilotto

CORA CORALINA - 25 DE MAIO DE 2013

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 - Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais),1 quando já tinha quase 76 anos de idade.2 3
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

Biografia
Filha de Francisco Paula Lins Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século XIX, quando seu avô ainda era uma criança. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiás. Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos de idade, publicando-os nos jornais da cidade de Goiás, e nos jornais de outras cidades, como constitui exemplo o semanário "Folha do Sul" da cidade goiana de Bela Vista - desde a sua fundação a 20 de janeiro de 1905 -, e nos periódicos de outros rincões, assim a revista A Informação Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917, apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com a Mestra Silvina. Melhor, Mestre-Escola Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835 - 1920). Conforme Assis Brasil, na sua antologia "A Poesia Goiana no Século XX", Rio de Janeiro: IMAGO Editora, 1997, página 66, "a mais recuada indicação que se tem de sua vida literária data de 1907, através do semanário 'A Rosa', dirigido por ela própria e mais Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana." Todavia, constam trabalhos seus nos periódicos goianos antes dessa data. É o caso da crônica "A Tua Volta", dedicada 'Ao Luiz do Couto, o querido poeta gentil das mulheres goianas', estampada no referido semanário "Folha do Sul", da cidade de Bela Vista, ano 2, n. 64, p. 1, 10 de maio de 1906.
Ao tempo em que publica essa crônica, ou um pouco antes, Cora Coralina começa a frequentar as tertúlias do "Clube Literário Goiano", situado em um dos salões do sobrado de dona Virgínia da Luz Vieira. Que lhe inspira o poema evocativo "Velho Sobrado". Quando começa então a redigir para o jornal literário "A Rosa" (1907). Publicou, nessa fase, em 1910, o conto Tragédia na Roça.
Casou em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte (quando ele, Cantídio, exercia a Chefatura de Polícia, cargo equivalente ao de Secretário da Segurança, do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa - 1909 - 1912), para o interior de São Paulo, onde viveu durante 45 anos, inicialmente nos municípios de Avaré e Jaboticabal onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. E depois em São Paulo (1924). Ao chegar à capital, teve de permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade.
Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a Praça do Patriarca. Um de seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás.
Ao completar 50 anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nessa fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás. Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD. Cora Coralina faleceu em Goiânia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.

Primeiros passos literários
Os elementos folclóricos que faziam parte do cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse a dona de uma voz inigualável e sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro-Oeste brasileiro.
Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da gramática contribuiu para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma. Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito.

Divulgação nacional
Foi ao ter a segunda edição (1978) de Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, composta e impressa pelas Oficinas Gráficas da Universidade Federal de Goiás, com capa (retratando um dos becos da cidade de Goiás) e ilustrações elaboradas pela consagrada artista Maria Guilhermina, orelha de J.B. Martins Ramos, e prefácio de Oswaldino Marques, saudada por Carlos Drummond de Andrade no Jornal do Brasil, a 27 de dezembro de 1980, que Aninha, já conhecida como Cora Coralina, ganhou a atenção e passou a ser admirada por todo o Brasil. "Não estou fazendo comercial de editora, em época de festas. A obra foi publicada pela Universidade Federal de Goiás. Se há livros comovedores, este é um deles." Manifesta-se, ao ensejo, o vate Drummond.
A primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, seu primeiro livro, foi publicado pela Editora José Olympio em 1965, quando a poetisa já contabilizava 75 anos. Reúne os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram em uma das maiores poetisas de Língua Portuguesa do século XX. Já a segunda edição, repetindo, saiu em 1978 pela imprensa da UFG. E a terceira, em 1980. Desta vez, pela recém implantada editora da UFG, dentro da Coleção Documentos Goianos.
Onze anos depois da primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, compôs, em 1976, Meu Livro de Cordel. Finalmente, em 1983 lançou Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha (Ed. Global).
Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores. Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica.

Livros e outras obras
• Estórias da Casa Velha da Ponte (contos)
• Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais (poesia)
• Meninos Verdes (livro)|Meninos Verdes (infantil)
• Meu Livro de Cordel
• O Tesouro da Casa Velha
• A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil)
• Vintém de Cobre
• As Cocadas (infantil)
• Cora coragem Cora poesia (Biografia de Cora Coralina escrita por sua filha Vivência Brêtas Tahan)
• Villa Boa de Goyaz

• O prato azul-pombinho (infantil)

Carmem Pilotto

CONFLUÊNCIAS DE ABRIL

Folhas acobreadas desenham um redemoinho de ressequidos pensamentos. O bailar do outono contempla senilidade e noites densas de angústias mal dormidas. No coração, coronárias comprometidas juntam-se ao melancólico amargor da avançada idade. A janela é de vidro opaco que não incomoda pela visão parcial do mundo, faltam focos óptico e  neurológico que tragam respostas aos anseios dos oitenta anos.

A saúde é acompanhada pelo despertar diário e a insípida degustação de aveia, farelo de linhaça, pão integral e tantos outros itens de obrigatoriedade médica, no caso, cinco enormes comprimidos alopáticos. Há muito deixou de acreditar em homeopatia ou antroposofia. Os limites do salário de aposentado contemplam uma casa modesta, faxineira eventual, carro popular, roupas de liquidação.
             
Os amigos ignorados. Muitos já se foram. Aos que restaram: Alzheimer, Parkinson, depressões e restritas possibilidades de interações que tragam algum alento, ou vontade de revê-los. Suspiro. Desalento.

A família presente em datas festivas, rápida e superficialmente carregados com caixas de cestas das rotisseries abastadas. Bobagem.  Triglicérides e diabetes impedem qualquer apreciação compulsiva. Papilas gustativas insossas.
             
Reminiscências, reminiscências, reminiscências... da paixão de seus braços abandonados naquela linda tarde de agosto. Sabor de desvanecimento pela felicidade de outrora, aos poucos a sinestesia  daquele momento foi se esvaindo pelo desgaste das juntas e das ilusões. Ossuário ambulante  - antítese da propagada “qualidade de vida – expectativa” .

Carmem Pilotto