MARIA
QUITÉRIA DE JESUS
Heroína
do Brasil
“Sei que tenho o corpo de uma frágil e delicada mulher, mas tenho o
coração e o estômago de um rei...”
Elizabeth I
Resgatar o valor da mulher está profundamente relacionado com o processo de Justiça e Paz Social almejado em nosso 7 (sete) de setembro de 1822.
E ainda que o sexo feminino na época da
Independência do Brasil tivesse seus papéis rigidamente definidos, ou seja,
servir dentro do lar: lavar, passar, cozinhar, parir... bastando a elas
satisfazer seus respectivos pais, maridos e filhos... houve algumas meninas e mulheres que sempre
ousaram quebrar tais paradigmas...
Na frente de batalha armas em punho, estava a
valente guerreira Maria de Jesus, a menina que cresceu entre flores do
agreste e na juventude saboreou noites de luar ao som da viola que a todos
encantava, tornou-se grande guerreira e se atreveu, nos idos de 1822
...alistou-se nas fileiras do Exército, para combater os inimigos da Pátria e,
com heroísmo lutou lado a lado com os homens!
Maria
Quitéria ingressou, assim, no Exército, em setembro
de 1822, lutando contra os portugueses para a consolidação da Independência
do país. Ela torna-se, desse modo, oficialmente,
a primeira mulher brasileira a assentar praça, em Unidade Militar, nas terras
brasileiras.
A
“mulher-soldado” do Brasil rapidamente conquistou o respeito na caserna,
sabendo se portar com disciplina e empenho no serviço, porém com fraternal
amizade.
A donzela de Feira, como também
era chamada, cativou a escritora
inglesa Maria Graham, que em visita, observou nela firmeza, honestidade de
propósitos e simplicidade de coração:
“Maria de
Jesus é iletrada, mas viva. Tem inteligência clara e percepção aguda. Penso
que, se a educassem, ela se tornaria uma personalidade notável. Nada se observa
de masculino nos seus modos, antes os possui gentis e amáveis”.
A valorosa heroína brasileira casou-se durante a guerra e enviuvou.
Posteriormente casou com um amor da juventude e teve uma filha. Faleceu aos 61
anos, no dia 21 de agosto de 1853,
em Salvador. Morreu quase cega, em dificuldades financeiras e desconhecida.
A posteridade enfim, lhe reservou pontuais e significativas cortesias,
tais como os justos e honrosos apelidos: "A heroína da Independência do Brasil", “A moça - cadete do Batalhão de Periquitos”, “A donzela da Feira”, “A
Cadete da Independência”; “A mulher
soldado do Brasil” e até “Joana
D'Arc brasileira” .
Na sua simplicidade e valor moral notável foi
a pioneira a provar que podemos, todas e todos, nós, chegarmos aonde quisermos
em busca de ideais justos e perfeitos, como filhos e filhas amados, da nossa
pátria!
Quando
pensamos em termos de Direitos Humanos... aspiração de respeito mútuo, seja
qual for o credo, cor da pele, gênero ou identidade sexual, em outras
palavras conviver com respeito e Independência para escolher...
E se
ambos elementos, feminino e masculino estão presentes na natureza, não há que se
estabelecer superioridade e sim buscar Harmonia.
Afinal
somos nós que geramos, em nossos
ventres e, educamos os homens e
mulheres que poderão impedir que as diferenças levem à desigualdade e que
mulheres e crianças continuem a ser subjugadas e violentadas física ou
psicologicamente.
Enfim que
possamos inspirar as novas gerações para que prossigam lutando com amor e
sabedoria pela transformação da sociedade em lugar mais justo e feliz, onde
todos tenham Liberdade e Independência para
viver!
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