quinta-feira, 4 de setembro de 2014

MARIA QUITÉRIA DE JESUS

(Por: Cláudia Virgília -Ver Quem Somos)

MARIA QUITÉRIA DE JESUS
Heroína do Brasil


“Sei que tenho o corpo de uma frágil e delicada mulher, mas tenho o coração e o estômago de um rei...”
Elizabeth I



      Resgatar o valor da mulher está profundamente relacionado com o processo de Justiça e Paz Social almejado em nosso 7 (sete) de setembro de 1822.
E ainda que o sexo feminino na época da Independência do Brasil tivesse seus papéis rigidamente definidos, ou seja, servir dentro do lar: lavar, passar, cozinhar, parir... bastando a elas satisfazer seus respectivos pais, maridos e filhos...  houve algumas meninas e mulheres que sempre ousaram quebrar tais paradigmas...
Na frente de batalha armas em punho, estava a valente guerreira Maria de Jesus, a menina que cresceu entre flores do agreste e na juventude saboreou noites de luar ao som da viola que a todos encantava, tornou-se grande guerreira e se atreveu, nos idos de 1822 ...alistou-se nas fileiras do Exército, para combater os inimigos da Pátria e, com heroísmo lutou lado a lado com os homens!
Maria Quitéria ingressou, assim, no Exército, em setembro de 1822, lutando contra os portugueses para a consolidação da Independência do país. Ela torna-se, desse modo, oficialmente, a primeira mulher brasileira a assentar praça, em Unidade Militar, nas terras brasileiras.
A “mulher-soldado” do Brasil rapidamente conquistou o respeito na caserna, sabendo se portar com disciplina e empenho no serviço, porém com fraternal amizade.
A donzela de Feira, como também era chamada, cativou a escritora inglesa Maria Graham, que em visita, observou nela firmeza, honestidade de propósitos e simplicidade de coração:
“Maria de Jesus é iletrada, mas viva. Tem inteligência clara e percepção aguda. Penso que, se a educassem, ela se tornaria uma personalidade notável. Nada se observa de masculino nos seus modos, antes os possui gentis e amáveis”.
A valorosa heroína brasileira casou-se durante a guerra e enviuvou. Posteriormente casou com um amor da juventude e teve uma filha. Faleceu aos 61 anos, no dia 21 de agosto de 1853, em Salvador. Morreu quase cega, em dificuldades financeiras e desconhecida.
A posteridade enfim, lhe reservou pontuais e significativas cortesias, tais como os justos e honrosos apelidos: "A heroína da Independência do Brasil", “A moça - cadete do Batalhão de Periquitos”, “A donzela da Feira”, “A Cadete da Independência”; “A mulher soldado do Brasil” e até “Joana D'Arc brasileira” .

Na sua simplicidade e valor moral notável foi a pioneira a provar que podemos, todas e todos, nós, chegarmos aonde quisermos em busca de ideais justos e perfeitos, como filhos e filhas amados, da nossa pátria!
Quando pensamos em termos de Direitos Humanos... aspiração de respeito mútuo, seja qual for o credo, cor da pele, gênero ou identidade sexual, em outras palavras  conviver  com respeito e Independência para escolher...
E se ambos elementos, feminino e masculino estão presentes na natureza, não há que se estabelecer superioridade e sim buscar Harmonia.
Afinal somos nós que geramos, em nossos ventres e, educamos os homens e mulheres que poderão impedir que as diferenças levem à desigualdade e que mulheres e crianças continuem a ser subjugadas e violentadas física ou psicologicamente.
Enfim que possamos inspirar as novas gerações para que prossigam lutando com amor e sabedoria pela transformação da sociedade em lugar mais justo e feliz, onde todos tenham Liberdade e Independência para viver! 

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