SUSTENTABILIDADE

É HORA DE ECONOMIZAR

  O culto ao desperdício fomentado pelos atuais padrões de consumo compromete nossos recursos naturais, tornando o lixo um dos maiores problemas da humanidade, neste século.
    
   O poder público deve disciplinar e dar o exemplo, com políticas de combate ao desperdício, concessão de benefícios fiscais e linhas de financiamento para fomentar ações e empresas que atuam nesse segmento. Ao empresariado, cabe produzir mais com menos. Cabe à população aprofundar seus conhecimentos sobre o tema e inserir o consumo sustentável em suas práticas cotidianas.
  Resíduos representam uma enorme perda de recursos, sob a forma de materiais e de energia. Se valorizarmos adequadamente os materiais, aumentaremos o seu tempo de vida no circuito de consumo.
   Sendo assim, é atitude de cidadania praticar a política dos 3R’s, ou seja, reduzir, reutilizar e reciclar. Prioritariamente é necessário reduzir a produção de resíduos, em segundo lugar, reutilizar, isto é, fazer com que um produto seja usado mais do que uma vez, para o mesmo fim ou para o outro. Também devemos contribuir para a reciclagem dos resíduos, ou seja, recuperar e regenerar diferentes materiais de modo a originar novos produtos.
   O olhar mais atento de cada um de nós pode fazer grande diferença no dia-a-dia e questões do cotidiano, partindo da realidade local do indivíduo, podem modificar as relações homem/natureza, melhorando a qualidade de vida da coletividade. 

Nancy Ferruzzi Thame

Formada em Agronomia pela Escola de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ-USP e em DIREITO, pela Instituição Toledo de Ensino. Pós graduada em Gestão Ambiental (USP), em Técnicas de Treinamento em Engenharia Agrícola (Sociedade Agrícola Alemã) e cursa Ciência Política (FESPSP). Empresária, professora universitária, atua na área política na questão de gênero e com adolescentes

O FUTURO QUE QUEREMOS

É cada vez maior a preocupação da população mundial com o meio ambiente, em virtude dos efeitos visíveis de desequilíbrios provocados pelo homem na natureza.
A Rio+20, Conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável ocorrida em 2012, no Rio de Janeiro, celebrou os 20 anos da Cúpula da Terra (Eco-92) e os 40 anos da Conferência de Estocolmo, esta última foi a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nela foi produzido um documento final com 19 princípios que estabeleciam as bases para uma nova agenda ambiental.
Na Rio+20 novos desafios foram estabelecidos: erradicação da pobreza, promoção da governança mundial e estabelecimento dos caminhos para a chamada “economia verde”. No preâmbulo, bastante difundido mundialmente, o documento trouxe o nome: O Futuro que Queremos.
Recentemente a ONU divulgou sugestões de dez metas que todos os países deveriam alcançar para garantir o desenvolvimento sustentável:
1. Erradicar a pobreza extrema e a fome;
2. Alcançar o desenvolvimento global dentro dos limites planetários;
3. Garantir aprendizado efetivo a crianças e jovens;
4. Alcançar a igualdade de gêneros, inclusão social e direitos humanos;
5. Alcançar saúde, bem-estar para todas as idades;
6. Melhorar os sistemas agrícolas e aumentar a prosperidade rural;
7. Tornar as cidades mais inclusivas, produtivas e resilientes;
8. Controlar as mudanças climáticas e garantir energia limpa para todos;
9. Proteger os serviços ambientais, a biodiversidade e a boa gestão dos recursos naturais;
10. Ter uma governança voltada para o desenvolvimento sustentável.

Elaborada por um grupo internacional de especialistas de diversas áreas, a proposta, ainda superficial, faz parte dos chamados Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que poderão entrar em vigor a partir de 2015, substituindo os atuais objetivos do milênio.

BRASIL: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E AQUECIMENTO GLOBAL

As emissões de carbono do Brasil são ao redor de 2,5% das mundiais: quase 25% são procedentes da indústria e da agricultura modernas e 75% da agricultura tradicional, da conversão de uso na fronteira agrícola e das atividades madeireiras ineficientes e/ou predatórias.
No protocolo de Kyoto, as metas de redução de gases não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases, o protocolo prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países que compõe a União Européia em 8%, já os Estados Unidos em 7% e Japão em 6%. Países em franco desenvolvimento como Brasil, México, Argentina, Índia e, principalmente, China, não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.
Segundo a proposta defendida pelo Brasil, na COP-19, em Varsóvia, as metas de redução das emissões de cada país seriam definidas levando em conta não apenas as emissões atuais de gás carbônico, mas também quanto o país emitiu desde o período pré-industrial.
Por essa conta, países desenvolvidos que vêm poluindo há mais tempo teriam que assumir metas maiores do que nações em desenvolvimento, como Brasil e China (maior
emissor do mundo atualmente), cujas emissões são mais recentes.
“Os dados do PBMC (Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas) trazem alertas e indicam caminhos para que o Brasil dê sua contribuição na luta contra as mudanças climáticas. Escolher fontes de energia renováveis, continuar reduzindo o desmatamento até zerá-lo e aperfeiçoar sua infra-estrutura de transporte são alguns passos fundamentais nesse sentido aponta Renata Camargo, coordenadora políticas públicas do Greenpeace”. (CAMARA, 2013).


Nancy Ferruzzi Thame

Formada em Agronomia pela Escola de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ-USP e em DIREITO, pela Instituição Toledo de Ensino. Pós graduada em Gestão Ambiental (USP), em Técnicas de Treinamento em Engenharia Agrícola (Sociedade Agrícola Alemã) e cursa Ciência Política (FESPSP). Empresária, professora universitária, atua na área política na questão de gênero e com adolescentes

4 comentários:

  1. Hoje dia 22 de Março: Dia Mundial da Água, a data comemorativa foi instituída pela ONU na Conferência Eco-92. A data demonstra a importância de conservação e uso racional do nosso ouro branca, fundamental para nossa sobrevivência sem água não há vida, 70% de nosso corpo é composto por água, e no planeta 97,5% são de água salgada e apenas 2,493% de água doce!
    Temos no estado de são paulo a Lei 7663/91 a nossa Politica Estadual de Recursos Hídricos, onde orienta sobre o gerenciamento dos recursos hídricos,onde reconhece o recurso com bem de valor econômico, bem público, e onde define a bacia hidrográfica como unidade de gerenciamento de recursos hídricos, e muitas outras recomendações. A água sofre escassez, devemos usar de forma racional, e práticas sustentáveis de reuso.
    SIRLENE ORTIZ- Técnica em Meio Ambiente-Centro Paula Souza- Especialista em Gestão Ambiental- Uniso Universidade de Sorocaba, Pesquisadora Temática Ambiental & Educação Ambiental.

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    1. Olá Sirlene, obrigada pela contribuição. Será muito bem vinda com os seus textos e sugestões. Um abraço

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  2. Projeto Educação Ambiental 4D, apresentamos o filme MUNDO DAS ÁGUAS - um curta-metragem em 4D, dentre outros, que abordam os efeitos da influência que o homem exerce sobre o meio ambiente, ao mesmo tempo em que leva a criança a conhecer as maravilhas e as belezas do planeta,e as conscientiza para a participação ativa que cada uma terá ao longo da vida, no sentido de cuidar melhor do mundo em que vive. Além do que,pessoas carentes de recursos que não tem acesso à arte e cultura,terão,uma vez que o cinema irá até elas.

    Direitos Reservados
    ROSELI MARIN
    NOD3

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