NO JOGO (Esportes)

ALERTA DO “DIABO LOIRO”

Sou mais conhecida como Elzinha...herdei o nome da minha mãe Elza.
Fui uma criança muito feliz, criada no interior paulista, na cidade de Paraguaçu Paulista; cresci brincando nos campos e na rua.
As escolas públicas e particulares em que estudei me proporcionaram a prática salutar de esportes.
Quando aos 13 anos fui para Piracicaba jogar basquete no XV de Novembro, uma das melhores equipes nacionais, conheci o melhor jogador do mundo...Wlamir Marques  o “Diabo Loiro”.(leiam o livro com este Titulo da Editora Panda). Mais tarde tive o privilégio de atuar com ele como técnico. A troca foi fabulosa, muito mais de atitudes assertivas para a vida do que de jogadas geniais na quadra.
Um dia ele me olhou e profetizou: menina você tem tudo para vencer! Cuide das atitudes...talento tem de sobra!
Ao trocarmos uma prosa no inbox do facebook, solicitei um depoimento sobre o esporte no Brasil.
Autoridades, atentem para o alerta de um campeão nas quadras...nas salas de aula e na vida!

Minha querida amiga Elzinha;
“Partindo do princípio que todas as crianças deverão ter o direito à prática desportiva, podemos dizer: esse é o ponto chave da questão, "ter o direito". Para que isso ocorra, algumas necessidades deverão ser impostas por leis governamentais voltadas à educação. A primeira delas é a incrementação no País de uma política desportiva legal e indissolúvel. Não tenho dúvidas que a base do esporte deve ser iniciada, incentivada e disseminada nas escolas públicas e particulares. Não há outro meio mais salutar e mais propício do que a escola. A educação física obrigatória em todos os níveis com certeza trará meios para que as modalidades esportivas sejam melhores desenvolvidas. Com isso estaremos aparelhando as escolas com espaços físicos adequados, material qualificado, professores ecléticos, e acima de tudo, impondo às faculdades de educação física trabalhos que busquem aperfeiçoar de maneira mais objetiva os seus formandos. A educação física nas escolas deverá ser a base para o início de qualquer trabalho dirigido ao jovem. Clubes, associações desportivas governamentais ou privadas são um adendo, devendo obviamente fazer parte de um programa destinado à prática competitiva e de alto rendimento. Não há saída..., a escola será sempre o melhor caminho. A prática desportiva é um forte caminho para uma educação saudável. Infelizmente hoje maltratada e vilipendiada nesse País.”.
Termino mais um texto desta vez agradecendo ao amigo Wlamir Marques, nosso Diabo Loiro ou Anjo Loiro?
Diabo para os adversários...anjo todos que tiverem o prazer de conviver com ele.
Wlamir o grande bicampeão mundial é um grande presente para nossa pátria...sou grata por ele existir!


Elzinha Pacheco
Jogadora de basquete da seleção brasileira, Bi campeã pan-americana, em 1967-Winnipeg (Canadá), 1971-Cali (Colombia), bronze no Mundial de 1971-São Paulo-Brasil e campeã em inúmeros campeonatos sul- americanos. Eleita em 1971 como uma das cinco melhores jogadoras das Américas, durante o Pan de Cali, na Colômbia e neste mesmo ano agraciada com a Ordem Cruzeiro do Sul, em Brasília. É formada em Pedagogia e Educação Física com cursos técnicos em diversos esportes. Atuou por mais de 20 anos como diretora pedagógica no Colégio STOCCO de Santo André, foi supervisora pedagógica do Programa Cidade Educadora da Editora Aymará, e, atualmente é palestrante e consultora de gestão de pessoas com o Grupo Somai e atua também como profissional liberal.

O BASQUETE SIGNIFICOU VIDA PARA MIM!

Iniciei este esporte aos 10 anos em Paraguaçu Paulista e logo fui arrebatada inteiramente pela alegria e os segredos deste jogo semelhante à vida. A quadra representa os caminhos que ora estão abertos oferecendo uma jornada prazerosa, ora fechados por uma marcação cerrada, que nos impede de prosseguir assemelhando-se as adversidades e contrariedades que não foram planejadas e muito menos esperadas, e que muitas vezes nos paralisam. Neste momento precisamos de uma visão estratégica para enxergar os atalhos que só podem ser vistos por olhos sensíveis e atentos... e rapidamente adentrar neles enchendo o tanque emocional com entusiasmo ,otimismo e fé ,trinquinha  energética e dinâmica, que nos  impulsiona a realizar o "impossível". A bola...ah! a bola...hum a bola...laranja, alegre, indomável... todos que estão no jogo a disputam acirradamente...ela se diverte...corre livre...leve...e solta! Marota, se oferece e some ...aparece e desaparece...ora é minha, ora é de outros. Parecem as oportunidades nesta vida... bailam a nossa frente...dançam ao som do momento...temos que percebê-las...com olhos e ouvidos abertos...quando passarem  na nossa frente...gritamos...é minha!.. e tomamos posse.

Eu e ela, ela, e eu...parceria perfeita! Momento encantado da vida. É a bola da vez...precisamos agarrar firmes e seguros para dominá-la...se apertarmos demais perdemos a destreza...ela escapa...se pegarmos muito de leve nos tomam. Melhor abraçá-la com carinho e habilidade e na hora certa e do jeito certo com um arrojado arremesso a lançarmos em direção ao alvo. O tempo para! Segundos mágicos...observando a trajetória da bola em direção à cesta...coração bate forte...seguramos a respiração...silêncio total...momento de angústia é o check das nossas ações! A expectativa é enorme...o alvo está lá... imóvel! Se a bola cair dentro da cesta e ouvirmos o chuá...é só sair para o abraço da vida...mas se ela não entrar é um sinal de aprendizado...voltamos correndo de olho na bola...no adversário e nas oportunidades e recomeçamos, pois a vida continua...o apito final não soou. E lá vem ela...serelepe e risonha...me desafiando...não posso distrair nem perder o passo...esta dança da vida é minha pois afinal o nome do time no placar é o meu e este jogo não posso perder.

Elzinha Pacheco
Jogadora de basquete da seleção brasileira, Bi campeã pan-americana, em 1967-Winnipeg (Canadá), 1971-Cali (Colombia), bronze no Mundial de 1971-São Paulo-Brasil e campeã em inúmeros campeonatos sul- americanos. Eleita em 1971 como uma das cinco melhores jogadoras das Américas, durante o Pan de Cali, na Colômbia e neste mesmo ano agraciada com a Ordem Cruzeiro do Sul, em Brasília. É formada em Pedagogia e Educação Física com cursos técnicos em diversos esportes. Atuou por mais de 20 anos como diretora pedagógica no Colégio STOCCO de Santo André, foi supervisora pedagógica do Programa Cidade Educadora da Editora Aymará, e, atualmente é palestrante e consultora de gestão de pessoas com o Grupo Somai e atua também como profissional liberal.

5 comentários:

  1. Tenho uma enorme alegria e satisfação de ser sua irmã mais velha e tenho muito orgulho disso. Você era e será sempre a nossa "basqueteira"...te admiro minha mana number 3...
    Bjos...
    Célia

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  2. Orgulho de ter convivido com essa vencedora e grata pela confiança que depositou em meu trabalho, impulsionando minha vida profissional para cima feito a bola em suas Mãos.
    Um abraço.
    NeusA.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Beleza de analogia Elzinha; a bola e o jogo da vida. Continue a exercer esses talento, certamente herdado do avô Mário Pacheco e do pai Hélio. Texto leve, mas que nos faz pensar em suas entrelinhas. Sucesso nessa nova vertente está garantido a se manter essa linha.

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    1. Obrigada Tim...vc é uma grande incentivadora...valeu amiga.

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