segunda-feira, 5 de maio de 2014

E, POR FALAR EM POLÍTICA, PRÁ QUE SERVE A POLÍTICA E OS POLÍTICOS?

 No meu primeiro mandato como vereadora, um colega propôs um Voto de Aplauso a uma dupla sertaneja. Exibindo sorridentes, o diploma que acabavam de receber, um deles disse – bastante emocionado –, que nunca tinha ido à uma Câmara de Vereadores e nem assistido a uma sessão; que estava impressionado com o trabalho dos parlamentares e com os debates ali travados; de alto nível, naquele dia. Disse ainda, que saia dali convencido de que tudo que ele fazia na vida em sociedade era porque alguém, como nós – os parlamentares – tínhamos, em algum momento, discutido. E deu como exemplo o trabalho dele: viajar “por esse mundão” para ganhar dinheiro cantando Tião Carreiro. Nessa frase, resguardadas as questões culturais, estão implícitas várias políticas estabelecidas “sabe Deus quando e sabe Deus por quem”, e que não são percebidas porque já estão incorporadas no nosso cotidiano.



 Sempre recorro a esse fato para falar da utilidade da política e dos políticos, quando me perguntam “prá que serve a política e os políticos?” Mas, esses dias, numa rodinha de amigas, a questão voltou “à baila” e uma delas respondeu assim: sabe fulana, ninguém estaria de bolsa Louis Vuitton, dirigindo uma Mercedes último tipo, nem usando um modelito “básico” copiado do desfile da Dolce&Gabbana, exibido pela Internet, se não fosse a ação de políticos. Também ninguém teria acesso a programas de transferência de renda como era Bolsa Escola, se não fosse pela política de assistência social implantada por Ruth Cardoso, no governo do PSDB; e nem poderia comprar uma máquina de lavar roupa se não fosse o Plano Real, que acabou com a inflação; e também não teria celular se não tivesse sido privatizada, por Fernando Henrique, em 1998, a telefonia celular, que possibilitou que todos – indistintamente – pudessem ter um aparelho desses que, por sua vez, trouxe outras revoluções, como a revolução do emprego e da renda. “Quando você precisa de um encanador, o que você faz? Liga no celular dele.”

 Pegando “o gancho” eu disse que para termos boas políticas precisamos de bons políticos; quando temos maus políticos, as políticas serão péssimas; e tomei como exemplo o celular. A boa política fez a privatização e criou a Anatel para fiscalizar as empresas de telefonia; aí vieram os maus políticos e transformaram a Anatel numa farra, num “cabidão” de empregos para a “companheirada”, como fizeram com a Petrobras; resultado: a telefonia móvel no Brasil ao invés de melhorar, está cada dia pior. Tínhamos o Bolsa Escola, aí veio o PT e fez um “picadão de Bolsas”; resultado?

 A conversa prosseguiu por mais um tempo e no final concordamos que se deixarmos por mais 4 anos políticos como Renan, Sarney, Genoíno, Dirceu, Lula, Dilma, Padilha, Delúbio, André Vargas e outros como esses no governo, chegará o dia em que nos restará algo como Cuba e o regime dos Castro. Esses, que nos “des-governam” estão acabando com o que temos; a continuar assim, eles acabarão também com o que somos: brasileiros.

 Finalmente, a política rolou solta no bate-papo das mulheres. E foi bom demais!

Tieza Lemos Marques (Ver Quem Somos)

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