No meu primeiro mandato como
vereadora, um colega propôs um Voto de Aplauso a uma dupla sertaneja. Exibindo
sorridentes, o diploma que acabavam de receber, um deles disse – bastante
emocionado –, que nunca tinha ido à uma Câmara de Vereadores e nem assistido a
uma sessão; que estava impressionado com o trabalho dos parlamentares e com os
debates ali travados; de alto nível, naquele dia. Disse ainda, que saia dali
convencido de que tudo que ele fazia na vida em sociedade era porque alguém,
como nós – os parlamentares – tínhamos, em algum momento, discutido. E deu como
exemplo o trabalho dele: viajar “por esse mundão” para ganhar dinheiro cantando
Tião Carreiro. Nessa frase, resguardadas as questões culturais, estão
implícitas várias políticas estabelecidas “sabe Deus quando e sabe Deus por
quem”, e que não são percebidas porque já estão incorporadas no nosso
cotidiano.
Sempre recorro a esse fato para
falar da utilidade da política e dos políticos, quando me perguntam “prá que
serve a política e os políticos?” Mas, esses dias, numa rodinha de amigas, a
questão voltou “à baila” e uma delas respondeu assim: sabe fulana, ninguém estaria
de bolsa Louis Vuitton, dirigindo uma Mercedes último tipo, nem usando um
modelito “básico” copiado do desfile da Dolce&Gabbana, exibido pela
Internet, se não fosse a ação de políticos. Também ninguém teria acesso a
programas de transferência de renda como era Bolsa Escola, se não fosse pela
política de assistência social implantada por Ruth Cardoso, no governo do PSDB;
e nem poderia comprar uma máquina de lavar roupa se não fosse o Plano Real, que
acabou com a inflação; e também não teria celular se não tivesse sido
privatizada, por Fernando Henrique, em 1998, a telefonia celular, que
possibilitou que todos – indistintamente – pudessem ter um aparelho desses que,
por sua vez, trouxe outras revoluções, como a revolução do emprego e da renda.
“Quando você precisa de um encanador, o que você faz? Liga no celular dele.”
Pegando “o gancho” eu disse que
para termos boas políticas precisamos de bons políticos; quando temos maus
políticos, as políticas serão péssimas; e tomei como exemplo o celular. A boa política
fez a privatização e criou a Anatel para fiscalizar as empresas de telefonia;
aí vieram os maus políticos e transformaram a Anatel numa farra, num “cabidão”
de empregos para a “companheirada”, como fizeram com a Petrobras; resultado: a
telefonia móvel no Brasil ao invés de melhorar, está cada dia pior. Tínhamos o
Bolsa Escola, aí veio o PT e fez um “picadão de Bolsas”; resultado?
A conversa prosseguiu por mais um
tempo e no final concordamos que se deixarmos por mais 4 anos políticos como
Renan, Sarney, Genoíno, Dirceu, Lula, Dilma, Padilha, Delúbio, André Vargas e
outros como esses no governo, chegará o dia em que nos restará algo como Cuba e
o regime dos Castro. Esses, que nos “des-governam” estão acabando com o que
temos; a continuar assim, eles acabarão também com o que somos: brasileiros.
Finalmente, a política rolou
solta no bate-papo das mulheres. E foi bom demais!
Tieza Lemos Marques (Ver Quem Somos)
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