Sobre a polêmica redução da
maioridade penal, sugiro também CPI para filho de político corrupto, e
empresário 'propineiro', desde o berçário, sob o título de prevenção do DNA do corrompimento
à moral. Cerceando, assim, desde cedo, os futuros aprendizes da arte de
enganar. Filhos e netos dos donos de empreitas trapaceiras, já nascem, por
exemplo, devendo para os cofres públicos do Brasil.
Que tal, além de reduzirem a
maioridade penal, nossos legisladores, também, possam instaurar CPI para filho
de político corrupto e empresário biltre, desde o berçário. Impedir o
desenvolvimento de um futuro ladrão dos recursos públicos, não tem preço, será
um bem enorme à sociedade.
Menores infratores causam tanto
mal quanto a prática da corrupção, que destrói e mata milhares de pessoas.
Quantos menores são atraídos para o crime, por falta de opção, uma vez que são
privados de moradia, saneamento, saúde, educação e alimentação, graças aos
desvios praticados pelos criminosos do colarinho branco, que não usam armas,
mas a caneta e a astúcia para burlarem a Lei, extraindo dos cofres públicos
bilhões, que deveriam ser aplicados em benefícios à sociedade, como retorno dos
altíssimos impostos cobrados. Crimes de colarinho branco são normalmente
praticados sem violência aparente, mas que provocam estragos irreparáveis à
sociedade e ao país.
Cito, aqui, duas recentes e
importantes declarações sobre a devastadora consequência da corrupção, para a
sociedade. Uma, do jovem Procurador do Ministério Público Federal (MPF) e
coordenador da força-tarefa criada para a Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol:
“Quando a gente fala que a corrupção é um crime hediondo, é que ela rouba a
comida, o remédio e a escola do brasileiro”.
E, outra, foi o pronunciamento do
Papa Francisco: "Como um animal morto fede, a corrupção fede, a sociedade
corrupta fede, e um cristão que deixa entrar a corrupção fede", e advertiu
também, "todos têm a oportunidade de ser corrupto e resvalar para a
delinquência".
Graças há décadas de omissão do
Poder Público, ficamos, agora, sem outra alternativa, a não ser ‘jogar’ menores
nas cadeias brasileiras, local que deveria ser de correção e reabilitação, mas
que na verdade assemelham à 'campos de concentração', super-lotados, que se
tornaram 'campus universitário' do crime organizado.
O mal-feitor entra analfabeto, e
sai pós-graduado em criminalidade, sob a tutela dos Comandos Paralelos, PCC,
Comando Vermelhos, e etc.. Círculo vicioso, auto-sustentado, que só terá fim
quando o Brasil decidir investir, seriamente, em educação. Que tal usar 10% dos
bilhões e bilhões desviados dos cofres públicos na formação dos menores que
hoje a sociedade quer punir.
Falo com propriedade de causa,
pois meu sobrinho, 21 anos, foi vítima de um assalto, praticado por menores,
que o assassinaram na porta de casa, sob a prerrogativa da impunidade. Mas, nem
por isso, me contaminei pelo ódio que cega, e impede de discernir sobre a
realidade dos adolescentes e jovens miseráveis do Brasil.
E, se a estratégia adotada em
reduzir de 18 para 16 anos a maioridade penal, não for suficiente para conter a
criminalidade precoce. Qual será o próximo passo? Reduzir de 16 para 14, e
depois de 12, 10, 8, e assim sucessivamente até chegarem a conclusão da
ineficácia do sistema. Será tarde demais, o estrago na sociedade terá sido
enorme e irreversível, comprometendo uma geração inteira.
Vergonhosamente o Brasil, sétimo
país mais rico do mundo, está no rol dos 20 mais violentos do planeta, ocupando
a 18ª posição. Claro, que devemos, urgentemente, encontrar solução para conter
o elevado número de 50.000 homicídios por ano.
Um fator fundamental, que
colabora para a crescente violência no nosso país, se refere a impunidade.
Percentuais alarmantes e desconcertantes: somente de 5% a 8% dos homicídios no
Brasil são solucionados. Está chocado? Espere para saber qual é o percentual na
Inglaterra. Lá, 90% dos homicídios são solucionados.
O Brasil também faz parte de
outro ranking, que mede a qualidade de vida. Nele, o Brasil ocupa a 11ª posição
do país mais inseguro do mundo, logo após o Sudão, na África, que ficou com a
10ª posição. O país mais seguro é a Islândia, e é pra lá que vou...
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