terça-feira, 27 de janeiro de 2015

CRISE HÍDRICA: "CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA"

(Por: Karina Kramer - Ver Quem Somos)

  


   O livro de Gabriel García Márquez, publicado em 1981, "Crônica de uma morte anunciada", nunca foi tão atual. É bem apropriado para traduzir a atual crise no abastecimento de água. A obra de García Márquez conta, na forma de uma reconstrução jornalística, a história do assassinato de Santiago Nasar pelos irmãos Vicario. Santiago, acusado de desonrar Ângela Vicario tinha sua morte como certa. Toda a localidade fica sabendo antes da vingança iminente, mas nada salva Santiago de seu trágico destino, anunciado logo à primeira linha do romance. O jovem Santiago Nasar foi morto a facadas pelos irmãos de Ângela, os gêmeos Pedro e Pablo. 

  Há pelo menos cinco anos, o governo do Estado de São Paulo, estava ciente, ou deveria estar, da iminente crise no abastecimento de água da quarta mais populosa metrópole do mundo, com 19,890 milhões de habitantes. Contudo, o ranço da trilogia: má gestão, falta de planejamento e falta de transparência, que não é apenas privilégio do Governo do Estado de São Paulo, mas, atinge todo Brasil, especialmente o Governo Federal, falou mais alto, e não impediu a concretização da "calamidade anunciada".

DICA DE LIVRO

(Por: Maria Isabel Dantas - Ver Quem Somos)
AS SOMBRAS DE LONGBOURN
Jo Baker
450 páginas e publicado em 2014 no Brasil.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

CRISE ENERGÉTICA NO BRASIL: SÓ NOS RESTA “REZAR PARA SÃO PEDRO”

A iminente crise energética pelo qual o Brasil irá passar, já virou motivo de piada lá fora. Saiu no The Economist que a nossa única saída será "praying to St. Peter", ou seja, ”rezar para São Pedro”. Essa recomendação nos foi dada pela revista The Economist, em matéria publicada no último dia 15 de fevereiro. Na verdade, o que parece ser uma ironia, talvez seja, de fato, nossa única alternativa.
Foi publicado no jornal O Globo, no último dia 28 de fevereiro, que de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios das Regiões Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional (SIN), estava em 34,6%, quase o mesmo patamar da média de março de 2001, ano do racionamento de energia elétrica no Brasil, que foi de 34,5%.

SEMINÁRIO CONTRA A CORRUPÇÃO: UMA AULA DE BRASIL EM VÁRIOS SENTIDOS

Antes de começar a escrever sobre o Seminário Internacional contra a Corrupção, realizado na Câmara Federal em 19 de março preciso, sob pena de não dar conta de prosseguir, dizer duas coisas: da gratidão do convite que me foi feito pelo deputado Mendes Thame; e do grande orgulho em saber que meu nome consta do “caderninho” dessa figura especialíssima da política brasileira. Chama atenção a demonstração sincera de carinho, respeito e admiração que as grandes personalidades, que abrilhantaram os painéis de discussão, têm pelo deputado Mendes Thame, presidente do Capítulo Brasileiro do GOPAC – Organização Global de Parlamentares contra a Corrupção e coordenador do Seminário. Impressionante como ele é considerado!
Feito o desabafo e querendo que os que não foram ao Seminário tenham, no mínimo, uma noçãozinha do que lá se tratou, tomo a liberdade de transcrever alguns de meus apontamentos, fruto de uma velha mania de anotar o que as pessoas interessantes dizem.

O GIGANTE E A BOLA

    Já fomos chamados de país do futebol, do samba, da caipirinha, o país do jeitinho. Todos esses adjetivos encerram em si uma única característica, a alienação. Nós últimos tempos, graças às manifestações ocorridas em junho do ano passado, recebemos um título que gosto muito, o de “Gigante Adormecido”. Ele nós dá a esperança de acordar, e também nós dá um certo orgulho, o de ser um Gigante, não apenas pelas nossas dimensões físicas, que são continentais mas, sobretudo, pela nossa força, que só existe quando há união. O povo unido, quando imbuído de seus direitos legítimos, estremece a nação, foi o que aconteceu em junho, as autoridades do país, os gestores públicos e os políticos ficaram boquiabertos diante do súbito despertar do Gigante. Mas, logo trataram de manchar o motivo autêntico que moveu o povo nas primeiras manifestações. 

A VOZ DOS OPRIMIDOS DA VENEZUELA

“Maria, Maria. É um dom, uma certa magia...”, Diz a canção.
No mundo há tantas Marias, que não as podemos contar... Diria o poeta.

   São tantas e tão naturalmente presentes em todo o mundo, que a palavra ganhou materialidade, tomou forma, até confundir-se com a própria figura da mulher, incorporando sua natureza, seu ser, sua alma. Dizer Maria é dizer Mulher. É fácil entender essa universalidade e essa identidade se nos reportarmos ao ícone maior que deu origem a tamanha profusão de homônimos e ao simbolismo que nele divisamos, de coragem, perseverança, altruísmo, fé, amor.
      Recentemente, foi uma Maria que surpreendeu o mundo ao erguer a voz para denunciar as violações aos direitos individuais e às liberdades públicas em seu país, a Venezuela. Eleita em 2010, com a maior votação do país, a deputada María Corina Machado, uma indomável líder dos protestos contra o regime autoritário de Nicolás Maduro, já tem uma longa história de enfrentamento aos caciques bolivarianos. Em 2012, precisou de menos de três minutos, no plenário lotado do Congresso, para desconcertar Hugo Chaves, a quem acusou de “expropriar e roubar propriedades privadas”, convidou para um debate público e sugeriu que entrasse no mundo real: “Diga a verdade à Venezuela. Aqui há uma Venezuela decente”. (1)

CONSCIÊNCIA E MUDANÇA DE ATITUDE MOVEM ENGRENAGENS

Um dos assuntos que tem colocado empresas, governos e a mídia em alerta é oportunidade para refletir e agir sobre o consumo, esse que está atrelado aos mais corriqueiros hábitos da sociedade moderna, sejam eles realmente necessários ou não. Adotado no Brasil pela primeira vez, em 1931, o Horário de Verão, que depois veio a ser praticado anualmente a partir de 1985, acabou por se integrar ao calendário na estação do ano em que a presença prolongada da luz solar nos ajuda a promover uma economia de energia. A despeito de questionamentos sobre sua eficiência e efeitos colaterais dessa medida na vida das pessoas, o que nos leva a pensar e agir por um bem comum é o que proponho nessa argumentação. Somos impulsionados a reagir pela defesa do que não nos pode faltar, por questão de sobrevivência, desde o seu mais literal significado ao que podemos enxergar numa visão macro, digamos assim. Agora estamos assustados, o consumo de energia aumentou 7,9%, vamos pagar caro pelo acionamento das termoelétricas. Mas é que não chove, isso é com São Pedro, vamos rezar pra ele. 

A ALFABETIZAÇÃO E A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA

A alfabetização é a aprendizagem da leitura e da escrita, sendo um processo fundamental para o desenvolvimento humano, pois por meio dela aprendemos a nos comunicar e compreender a linguagem, é isto que nos torna diferente de outros seres vivos. Através da alfabetização o homem torna-se um ser global, sendo social, psicológico e consequentemente inserido na sociedade.
Ferreiro (2001) divide em níveis o processo da alfabetização. O nível um, chamamos de pré-silábico, subdivide-se em três fases:

O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

Aprendizagem é toda mudança de comportamento em resposta a experiências anteriores porque envolve o sujeito como um todo, considerando todos os seus aspectos, sendo eles psicológicos, biológicos e sociais. Se algum desses aspectos estiver em desequilíbrio haverá a dificuldade de aprendizagem.
Segundo Piaget (1973) , a aprendizagem só se dá com a desordem e ordem daquilo que já existe dentro de cada sujeito. É necessário obter contato com o difícil, com o incomodo para desestruturar o já existente e em seguida estruturá-lo novamente, com a pesquisa e também motivações tanto intrínseca como extrínseca para obter a aprendizagem, ressaltando que a motivação intrínseca é mais importante porque o sujeito tem que estar interessado em aprender, sendo que a junção dos dois (intrínseca e extrínseca) formam importantes aliados para a melhor aprendizagem do sujeito.

DICA DE LIVRO

(Por: Maria Isabel Dantas - Ver Quem Somos)

VIVA CHAMA
Tracy Chevalier
410 páginas