(Por: Josilene Ferrer - Ver Quem Somos)
A Conferência das
Partes (COP) (ou ConferenceofParties)
é o órgão supremo para tomada de decisão das convenções
da ONU, no caso da Convenção do Clima essas reuniões denominadas como COPs são
realizadas desde 2005, a partir da sua ratificação. Desde então,acontecemanualmente
para decidir a implementação de compromissos e quaisquer outros instrumentos legais
que venham a ser definido neste âmbito.
A Convenção do Clima
está passando por uma fase difícil e importante de definições para o período
que se inicia em 2020, em termos das políticas internacionais de redução dos
combustíveis fósseis, tarefa extremamente difícil. Além desta agenda, outros temas não menos
importantes estão em debate, entre eles, a ampliação de financiamentos de
projetos para redução de emissões por desmatamento e degradação florestal
(REDD). Estes projetos REDD poderiam vir a ser aceitos inclusive em mercados
locais ou regionais de carbono, paralelos à Convenção, como por exemplo, no
mercado regional de carbono entre Connecticut, Delaware, Maine, Maryland,
Massachusetts, New Hampshire, New York, RhodeIsland, e Vermont, denominado RGGI
(Regional GreenhouseGasInitiative); no mercado criado na Califórnia, nos
Estados Unidos, entre outras possibilidades.
Lima será a cidade de
realização da COP 20, em dezembro e Paris será onde acontecerá a COP 21, em
2015. Para Lima,espera-se entre outras coisas, o anúncio de acordos
preliminares, onde os países em desenvolvimento sinalizem metas de redução das
suas emissões para após 2020, bem como o fortalecimento de politicas e
mecanismos que envolvam a remoção de carbono da atmosfera pelas florestas. A
realização desta COP em um dos países amazônicos certamente reaviva esta
expectativa. Para Paris em 2015, se espera a conclusão e formalização destes
acordos, que incluam os Estados Unidos nesse esforço internacional, . Espera a
proposição de umnorte para as próximas políticas climáticas que serão adotadas
e implementadas pelos países, estados, municípios e empresas.
As expectativas são
muitas e as chances reais de sucesso nas negociações muito temerosas, mas
precisamos buscar essas decisões e implementá-las. Aguardemos as conclusões de
Lima e Paris, com expectativa para que de fato aconteçam. Certamente poderão trazer
impactos positivos para as nossas políticas nacionais de energia, indústria,
agroindústria, entre outros.O tempo é curto, e quando o assunto é a
sustentabilidade do planeta, estamos em dívida para com nossos filhos, para
nós, eles e seus filhos.
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